quarta-feira, 14 de maio de 2008

WWF e Greenpeace lamentam saída de Marina Silva do governo

Dirigentes das entidades ambientais divulgaram nota criticando governo. Para eles, demissão mostra 'descaso' com questão ambiental.

As entidades de defesa do meio ambiente WWF e Greenpeace divulgaram nota nesta terça-feira (13) lamentando a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. Os dois grupos afirmaram que a demissão da senadora mostra "descaso" do governo Lula com as questões ambientais.

Marina Silva "vinha desenvolvendo um trabalho árduo de defesa do meio ambiente, trabalho que muitas vezes não aparecia", afirmou Denise Hamú, secretária-geral da WWF-Brasil.

Hamú reconheceu que Marina Silva estava "desgastada", mas se disse surpresa com a notícia. Para ela, a senadora "foi uma voz importantíssima do meio ambiente". A saída confirma o "desprestígio com a área ambiental" no governo Lula, disse ela.

Frank Guggenheim, diretor executivo do Greenpeace Brasil, também lamentou a saída de Marina Silva, a quem chamou de "anjo da guarda do meio ambiente". Para ele, a demissão é a "prova definitiva de que a questão ambiental é irrelevante para este governo".

Em nota divulgada pelo Greenpeace, o diretor da campanha de Amazônia da ONG, Paulo Adaria, afirma que, ao sair, Marina "leva junto toda a credibilidade que tinha transferido para o governo Lula nos últimos cinco anos".

"O pedido de demissão da ministra Marina comprova o descaso do governo Lula com a causa ambiental e também com a proteção da Amazônia", afirma Paulo Adario, diretor da campanha de Amazônia do Greenpeace. Segundo ele, Marina sai e leva junto a toda a credibilidade que tinha transferido para o governo Lula nos últimos cinco anos. "A liberação dos transgênicos no país, a retomada do programa nuclear brasileiro, com o anúncio da construção de Angra 3 e outras quatro usinas nucleares no nordeste, são apenas algumas de várias ações que demonstraram o compromisso do governo Lula com o desenvolvimento a qualquer custo e não com a sustentabilidade", afirmou Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace.

Fonte: G1

2 comentários:

Anônimo disse...

é uma grande pena, ver e constatar que o modelo de desenvolvimento proposto em nosso país não vise ser auto sustentavel, talvez o modelo norte americano, o qual acabou com suas florestas, é ainda o exemplo que o país queira adotar.
qual o preço a ser pago? o que querem estas forças capitalista no ministério da agricultura? o que querem ???? crescer crescer crescer até explodir ???? não ao gado, não a soja ....

Rafael Walter disse...

Realmente é uma pena, e é triste saber que vendem a alma por um cargo, falo do novo ministro, o qual vós conheceis a história.